Atenção à velocidade: 50 novos radares operacionais até Março

Os 50 novos radares de controlo de velocidade, geridos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), vão começar a funcionar até ao final de Março. 

O anúncio foi feito esta sexta-feira à agência Lusa por Patrícia Gaspar, secretária de Estado da Administração Interna, no final da cerimónia de apresentação do balanço provisório da sinistralidade e fiscalização rodoviária em 2021. 

"O nosso objectivo é que, até ao final do primeiro trimestre deste ano, possamos ter os novos 50 radares operacionais". 

Segundo a secretária de Estado, o contrato para a instalação do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) já foi assinado, estando o processo a ser implementado neste momento. 

Este sistema de radares, que vai ser instalado em 50 locais, vai juntar-se ao primeiro SINCRO que existe no país desde 2016, passando a existirem 110 postos de controlo de velocidade. 

Patrícia Gaspar avançou que 30 dos 50 radares permitem detectar a velocidade instantânea, e 20 são capazes de calcular a velocidade média num determinado trajecto, sendo esta a novidade em relação ao actual SINCRO. 

Uma portaria de 2020 autorizava a ANSR a gastar cerca de 1,6 milhões de euros até 2022, para a instalação e manutenção do sistema de radares de controlo de velocidade no país. 

A secretária de Estado destacou a importância do SINCRO, frisando que estudos feitos ao longo dos últimos tempos, nos locais onde foram instalados os radares de fiscalização de velocidade, mostram que nesses pontos há "uma diminuição objectiva do número de acidentes, mortos e feridos graves".  

"A fiscalização é um instrumento fundamental", avançando que as acções de fiscalização aumentaram cerca de 8% em 2021. 

Segundo os dados provisórios apresentados esta sexta-feira, os 28.868 acidentes rodoviários registados em 2021 provocaram 389 mortos, 2.093 feridos graves e 33.812 feridos ligeiros. 

Houve uma diminuição de todos os indicadores em relação a 2019, mas um aumento face a 2020, à excepção das vítimas mortais. 

A secretária de Estado considerou inaceitável os quase 400 mortos e lembrou que a nova Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (2021-2030) tem como objectivo reduzir para metade o número de mortos e feridos graves nas estradas e "tentar chegar a zero em 2050". 

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